segunda-feira, 4 de maio de 2009

Segurança garantida

A cada ano, a evolução da indústria automobilística permite a criação de inovações para tornar os carros mais seguros. O cinto de segurança continua ocupando o lugar de maior destaque quando o assunto é salvar vidas. Entre os modelos disponíveis no mercado, o de três pontos firmou-se como o mais indicado, especialmente após a resolução editada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) exigindo uso do equipamento em todos os assentos dos automóveis. A exceção ficou por conta dos assentos centrais, único local onde ainda é permitido o tipo subabdominal, primeiro modelo do equipamento disponível para automóveis.
Como envolve apenas o abdômen, os cintos mais antigos não conseguem impedir que o tronco seja projetado para frente no momento da freada, o que os coloca como uma opção menos indicada pelos especialistas. Já o cinto de três pontos é visto como o mais seguro, justamente por proteger condutores e passageiros de forma mais completa. “Ele impede o deslocamento do tórax e protege a cabeça permitindo, ao mesmo, conforto e liberdade de movimento para quem o utiliza”, explica André Luis Horta, analista de segurança do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi).
O fato de permitir uma desaceleração mais violenta dos corpos faz do subabdominal a opção menos segura. Como consequência do forte impacto com que a pessoa é projetada para frente, há um aumento exponencial do risco das chamadas lesões ocultas. Quando o movimento do veículo é interrompido de forma brusca, a tendência natural, segundo as leis da física, é que os órgãos continuem o movimento, chocando-se entre si e com outras estruturas do corpo, como ossos. Dependendo da força, pode provocar o rompimento das estruturas e hemorragias graves. Por reduzirem o impacto, o cinto de três pontos novamente leva vantagem sobre o equipamento ajustado apenas no abdômen.
Mesmo assim, o modelo subabdominal, disponível em grande parte dos veículos (no assento traseiro na posição central), não deve ser desprezado quando for a única opção. “Em caso de desaceleração rápida, uma pessoa solta no banco de trás será pressionada contra os ocupantes da frente podendo feri-las”, argumenta André Luis Horta. No caso de o motorista estar usando o cinto, o impacto do corpo do passageiro desprotegido fará pressão dobrada no equipamento e a tendência é que ele se rompa, deixando ambas as pessoas desprotegidas.
“Quem não usa o cinto corre um risco eminente. Não resta dúvida de que é o item de segurança mais importante”, observa Miguel Ramirez, diretor de Educação no Trânsito do Departamento de Trânsito do Distrito Federal. Além de ser considerada uma infração grave, a falta do uso rende ainda cinco pontos na carteira e multa de R$ 127,00
Criança segura
Apesar de ser um grande aliado dos motoristas em caso de choque, o uso do equipamento por crianças requer altura e peso mínimos, sob pena de ter seu poder de proteção reduzido. Em primeiro lugar, o cinto deve passar confortavelmente pelo meio do ombro, centro do peito e sobre os quadris, sem permitir espaço para que ela escorregue o corpo para frente. A criança deve pesar, ao menos, 36 kg e medir 1,45m, o que permitirá que apoie as costas inteiras no encosto do banco. A utilização do cinto subabdominal não é recomendada para os pequenos e gestantes.
CONHEÇA
Subabdominal
Envolve apenas o abdômen do passageiro, permitindo assim a projeção do tronco para frente em caso de desaceleração. Deve ser colocado na articulação dos quadris e não na barriga
Três pontos
Oferece maior proteção e em um momento de choque, a força do impacto é distribuída e absorvida em toda área de contato com o corpo, não apenas no abdômen. Impede que a pessoa seja lançada para a frente e o uso correto exige que a pessoa sente-se com a coluna ereta, fazendo um ângulo de 90º com as pernas. O cinto deve passar pelo meio do ombro e estender-se pela coluna vertebral até o engate nos quadris

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