segunda-feira, 4 de maio de 2009

ALCOOL E TRÂNSITO, FÓRMALA LETAL

No Brasil, todos os anos, entre 40 a 50 mil pessoas perdem a vida em razão dos acidentes de trânsito. Como atestam estatísticas oficiais, cerca de 90% desses acidentes dão-se por negligencia ou imperícia dos motoristas, que abusam da velocidade, das ultrapassagens forçadas, da conduta irresponsável como se o bom motorista fosse aquele capaz de acelerar ao máximo seu veiculo, e não o que, cônscio da importância de se respeitar a legislação específica, trafega de modo a garantir a segurança de si e dos demais. Por óbvio, as gerações só não incorrerão em os mesmos procedimentos equivocadas de muitos dos adultos de hoje se o país preocupar-se em transmitir-lhes, desde a infância, uma educação para o trânsito. Mas isso demanda anos de trabalho tenaz. Em outra frente de atuação devem os poderes públicos engendrar meios de tornar, agora, as rodovias e ruas deste país menos inseguras e brutais, e para tanto nada melhor que a intensificação das ações de patrulhamento e a aplicação rigorosa da lei, com as conseqüentes punições aos transgressores, em especial aos recalcitrantes, que não são poucos.
No que concerne ao perfil do infrator contumaz, nada pode caracterizá-lo melhor que o consumo abusivo de álcool. São nos finais de semana á noite, quando muitos se entregam desregradamente ao lazer, que os acidentes se dão com maior freqüência e brutalidade, e não se trata de mera coincidência o fato de, exatamente nesse período da semana, ser o álcool mais largamente utilizado especialmente pelos jovens, que são, justamente, as maiores vítimas da insânia do trânsito. Assim, a ninguém deve escapar a necessidade de se atacar o problema em sua raiz - é preciso inibir a ingestão exagerada de bebidas pelos motoristas. Números constantes do Anuário Estatístico do DETRAN/SC dão conta de que, entre 1999 e o ano passado (1998), 9.861 pessoas foram flagradas dirigindo em estado de embriaguês no Estado. Desses, 6,5 mil tiveram suas carteiras de habilitação suspensas por períodos que variam de 30 dias a um ano. Mais de 1,6 mil tiveram seus processos arquivados após apresentarem defesa consistente. Antes de tudo, convém lembrar que, devido á crônica insuficiência de recursos, as policias não dispõem de pessoal e equipamentos suficientes para a promoção de uma fiscalização eficaz.
Os números do DETRAN, se já são significativos, ganham ainda maior relevância por exibirem tão-somente a ponto do iceberg de um problema de enorme gravidade. Caso a fiscalização seja intensificada, como se espera, certamente nos depararemos com estatísticas ainda mais preocupantes no que se relaciona á letal combinação de álcool e condução de veículos. Como o trânsito hoje concorre diretamente com a violência pelo posto de maior causa de mortalidade no país e no mundo, faz-se indispensável que os governos, em todas as esferas, concedam á questão o tratamento que faz por merecer. E isso significa recursos financeiros e materiais para a fiscalização eficiente e punição aos transgressores.
Dica: A avaliação tem objetivo qualificar os futuros condutores para que possam se comportar como cidadãos no trânsito. A Resolução 168 do CONTRAN estabelece normas de comportamentos e de aprendizagem para a realização dos exames.
Fonte: DETRAN/SC

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