sexta-feira, 15 de maio de 2009

Ciclista no trânsito: vítimas ou vilões?

A realidade poderia ser diferente, se existe regulamentação específica da lei de trânsito que trata do assunto.
Eles disputam espaço com veículos bem maiores, mesmo assim, grande parte dos ciclistas raramente usa equipamentos obrigatórios, como o capacete por exemplo. E não é difícil encontrar infrações as regras de trânsito, que também valem para eles.
Andar na contramão é comum, o passeio também vira pista, e há quem brinque de 'zig zag' em plena calçada, sem falar dos avanços de sinal.
A polícia não fiscaliza, e quando fiscaliza o difícil é punir os infratores. Segundo o Capitulo IV Código de Trânsito Brasileiro os artigos 68 até 71 tratam dos comportamentos seguros para os pedestres e condutores de veículos não motorizados, portanto, a lei existe, mas falta regulamentação.
Mas também há exceções. Alguns ciclistas cumprem as regras a risca, usam equipamentos obrigatórios e alguns acessórios a mais para reforçar a segurança no trânsito, como o refletor no capacete e pisca-pisca na bicicleta, campainha, espelho retrovisor lado esquerdo e direito da bicicleta, mas isso nem sempre é suficiente.
De acordo com as estatísticas que os Órgãos de Trânsito registram anualmente sobre as ocorrências envolvendo ciclistas nas cidades, mais de 80% dos casos são as batidas graves, principalmente aquelas que atingem a cabeça do ciclista ou do pedestre que foi batido pela bicicleta.
O comerciante Chico Bento é ciclista experiente e foi uma vítima. Ele foi atropelado quando fazia um passeio com amigos.
A regulamentação dos direitos e deveres dos ciclistas pelas Câmaras Municipais poderia ser uma saída, assim como o estímulo para o uso da bicicleta e a construção de ciclovias ou ciclofaixas.
Nas Câmaras Municipais, ainda não existe nenhum projeto para regulamentar os direitos e deveres dos ciclistas. É necessário que os vereadores tenham sensibilidade dos problemas ocorridos na cidade envolvendo não apenas os ciclistas, mas outras pessoas como o pedestre, o veículo entre outros. Tem que ter a consciência de cumprir o papel como representante do povo na sua cidade, afinal, foi o voto do povo que contribuiu para sua aprovação.
Fonte: Rosa Costa - é formada em Letras pela UFPA, pós graduação pela UFRJ e Técnica de Trânsito pelo CEFET/PA.

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