sábado, 16 de maio de 2009

CICLISTAS - SUA SEGURANÇA

Boa parte dos acidentes envolvendo ciclistas é causada por falha mecânica ou falta de manutenção, devido a negligência ou falta de conhecimento do proprietário. Mantenha sempre sua bicicleta em ordem.
Regra Zero: Acostume-se com o que é bom! Dá prazer e não dá trabalho.
Regra sem número: bicicleta sem qualidade é ruim e será sempre ruim. Desapareça com ela! Não tem jeito. Lixo!
Para quem não quer entender de segurança mecânica:
1. Quanto melhor a bicicleta, menor a dor de cabeça
2. Agende a manutenção periódica
3. Bicicleta boa não faz barulho
4. Bicicleta boa é solta, gostosa de pedalar
5. Bicicleta boa roda em linha reta
6. A bicicleta está estranha? Vá até a bicicletaria
7. Aliás, é sempre aconselhável passar de vez em quando na bicicletaria para verificar se está tudo em ordem.
Do que não dá para escapar:
1. Calibrar os pneus: a pressão recomendada está escrita na lateral do pneu. Evite usar a pressão máxima. Se preferir o pneu bem cheio calibre com 10% a menos da pressão máxima.
2. Se o bico da câmara estiver torto e/ou para dentro do aro, vá até a bicicletaria, antes que o aro corte o bico e você fique na rua. Ele tem que estar a 90 graus do aro.
3. Lubrificar a corrente quando ela começar a ficar barulhenta, colocando uma gota de óleo em cada elo da corrente. Em seguida, gire o pé de vela para trás lentamente, para não espirrar óleo no aro e fazê--lo penetrar nas partes internas da corrente. Dê preferência para lubrificar a corrente pelo menos 24 horas antes de sair pedalando. Ao girar o pé de vela para trás, cheque se não tem nenhum elo da corrente preso ou travado. Retire o excesso de óleo com um pano limpo, girando o pedal para trás e segurando o pano próximo da roldana inferior do câmbio traseiro.
4. Limpar a bicicleta com pano úmido de água ou umedecido com óleo diesel. Evite jatos de água e detergente. Se a bicicleta estiver cheia de areia ou barro, deixe secar e faça uma primeira limpeza com um pincel ou escova para tirar o excesso.
Fonte: Escola de bicicleta - cap. 18 Segurança Mecânica

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Kit Xenônio

A polêmica sobre a adaptação do KIT xenônio nos faróis comuns
Não obstante ter regulamentado o uso dos faróis de xenônio (Resolução 294) o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) continua reunindo a Câmara Temática que trata do assunto para discutir alguns pontos ainda conflitantes, prova de que o órgão não esgotou as discussões antes de publicar a Resolução. Cirilo Moscatelli, engenheiro eletrônico, gerente nacional de vendas da Osram, elucidou as principais questões técnicas que envolvem o assunto.
A crítica sobre a adaptação do "kit xenônio" nos faróis diz respeito à deturpação do projeto, que tem como base a intensidade luminosa da lâmpada utilizada. Como essa adaptação é feita em faróis comuns, produzidos para o uso de lâmpada halógena e não de xenônio (que ilumina três vezes mais), a distribuição da luz fica desconfigurada. Isso porque o farol tem componentes que distribuem as áreas que vão receber mais ou menos intensidade luminosa, como: a linha de corte horizontal, que não permite a luz ultrapassar determinada altura; a linha que abre em 15 graus a iluminação à direita, para iluminar o acostamento e as placas de sinalização; e a linha que corta o facho do lado esquerdo para impedir que a luz atrapalhe os motoristas que trafegam em sentido contrário. Com maior emissão de luz, essa distribuição, que deve obedecer às normas técnicas, é feita de forma absolutamente descontrolada e ofusca os outros motoristas, provocando insegurança.
Como as lâmpadas de xenônio só acendem com uma tensão elétrica muito forte, cerca de 20.000 volts, seu funcionamento exige uma parte eletrônica extremamente complexa. Tanta tensão elétrica circulando pelos cabos do automóvel exige o uso de filtros para impedir que esses pulsos elétricos atinjam o sistema eletrônico do carro e causem "defeito" em sistemas como o airbag, ABS e EBD. Experiências mostraram que muitos desses sistemas de partida do farol não estão adequadamente construídos para filtrar todos esses pulsos que circulam na parte elétrica do veículo. Os fabricantes estão pensando em cortar a garantia de veículos que tiveram o "kit xenônio" instalado.
Por emitir uma grande quantidade de luz, o farol de xenônio exige o uso de um sistema de regulagem que compense qualquer irregularidade do solo para impedir que a luz incida sobre os outros carros. Esse ajuste deve ser dinâmico, automático e sem interferência do motorista do veículo, que deve se preocupar com outras coisas. O ajuste de altura de fachos dos faróis tem de ser sempre automático, a fim de garantir segurança. O farol de xenônio não pode representar perigo em hipótese alguma.
O sistema de limpeza também é importante porque qualquer poeira em cima do farol provoca a dispersão de luz e consequentemente ofuscamento dos demais condutores. Imagine esse farol sujo.
Não existe no mercado uma forma de adaptar num veículo a regulagem automática e o lavador de faróis. Na Europa, existe a troca do sistema feito para lâmpadas halógenas por outro que atende as exigências do xenônio: novo farol, com refletores próprios para a lâmpada de xenônio e dispositivos de regulagem e limpeza. Porém, essa troca é muito dispendiosa.
Para quem deseja aumentar a eficiência do sistema de iluminação, há lâmpadas de alta performance que oferecem uma quantidade de luz maior (de acordo com as normas de trânsito) com a mesma potência das comuns. Uma dessas lâmpadas emite 90% mais luz que as convencionais na região de 50 a 75 metros, que é onde se concentra a visão do motorista. Também existem lâmpadas que corrigem a tonalidade da cor da luz, que produz um efeito mais estético do que de eficiência, deixando a luz do carro mais branca. Por tudo que foi explicado acima, é inviável aplicar a luz de xenônio sem prejudicar a segurança.
Fonte: Site do Trânsito (contato@sitedotransito.com.br) segunda-feira, 4 de maio de 2009

Ciclista no trânsito: vítimas ou vilões?

A realidade poderia ser diferente, se existe regulamentação específica da lei de trânsito que trata do assunto.
Eles disputam espaço com veículos bem maiores, mesmo assim, grande parte dos ciclistas raramente usa equipamentos obrigatórios, como o capacete por exemplo. E não é difícil encontrar infrações as regras de trânsito, que também valem para eles.
Andar na contramão é comum, o passeio também vira pista, e há quem brinque de 'zig zag' em plena calçada, sem falar dos avanços de sinal.
A polícia não fiscaliza, e quando fiscaliza o difícil é punir os infratores. Segundo o Capitulo IV Código de Trânsito Brasileiro os artigos 68 até 71 tratam dos comportamentos seguros para os pedestres e condutores de veículos não motorizados, portanto, a lei existe, mas falta regulamentação.
Mas também há exceções. Alguns ciclistas cumprem as regras a risca, usam equipamentos obrigatórios e alguns acessórios a mais para reforçar a segurança no trânsito, como o refletor no capacete e pisca-pisca na bicicleta, campainha, espelho retrovisor lado esquerdo e direito da bicicleta, mas isso nem sempre é suficiente.
De acordo com as estatísticas que os Órgãos de Trânsito registram anualmente sobre as ocorrências envolvendo ciclistas nas cidades, mais de 80% dos casos são as batidas graves, principalmente aquelas que atingem a cabeça do ciclista ou do pedestre que foi batido pela bicicleta.
O comerciante Chico Bento é ciclista experiente e foi uma vítima. Ele foi atropelado quando fazia um passeio com amigos.
A regulamentação dos direitos e deveres dos ciclistas pelas Câmaras Municipais poderia ser uma saída, assim como o estímulo para o uso da bicicleta e a construção de ciclovias ou ciclofaixas.
Nas Câmaras Municipais, ainda não existe nenhum projeto para regulamentar os direitos e deveres dos ciclistas. É necessário que os vereadores tenham sensibilidade dos problemas ocorridos na cidade envolvendo não apenas os ciclistas, mas outras pessoas como o pedestre, o veículo entre outros. Tem que ter a consciência de cumprir o papel como representante do povo na sua cidade, afinal, foi o voto do povo que contribuiu para sua aprovação.
Fonte: Rosa Costa - é formada em Letras pela UFPA, pós graduação pela UFRJ e Técnica de Trânsito pelo CEFET/PA.

Medicamentos e direção veicular

Caixinha de surpresas
Médicos alertam para os riscos dos remédios que alteram o comportamento e a capacidade de reação do motorista
Thaís Cieglinski
Especial para o Correio
Antes de receitar um medicamento é comum que o médico questione o paciente sobre históricos de alergias, uso de outros remédios ou ainda sobre doenças e cirurgias já sofridas. Quase nenhum deles, porém, se lembra de alertar as pessoas a respeito do perigo que algumas medicações podem representar para quem dirige.
"Os profissionais raramente lembram-se de falar sobre os efeitos colaterais capazes de interferir na capacidade de reação dos indivíduos. Trata-se de remédios usados por grande parte da população", confirma o médico Flávio Emir Adura, presidente da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet).
A gama de drogas capaz de provocar reações incompatíveis com o nível de atenção exigido de um motorista é grande. Vai desde um antialérgico usado para tratar rinite às anfetaminas presentes em grande parte dos redutores de apetite. Basicamente, podem ser divididos em cinco principais grupos: ansiolíticos (tranquilizantes), hipnóticos (indutores do sono), anfetaminas (estimulantes), medicamentos para diabetes e antialérgicos.
Atenta ao perigo do uso indiscriminado desses remédios, a Abramet decidiu sugerir alteração na legislação para tentar reverter o preocupante quadro. Em 2008, a entidade encaminhou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) uma recomendação para exigir que, nas caixas dos remédios capazes de causar sonolência, conste uma tarja com o dizer: Proibido dirigir. A sugestão foi bem-recebida e deve ser implantada com uma das medidas determinadas pela Agência para tornar as embalagens de medicamentos mais informativas.
"O aumento do número de pacientes tratados com ansiolíticos, aliado ao abuso ou dependência de álcool e outras substâncias, eleva consideravelmente o risco de acidentes automobilísticos, alerta a doutora em psiquiatria pela USP Dóris Hupfeld Moreno, na pesquisa Psicofármacos e Direção.

Os antialérgicos, por exemplo, estimulam a produção de melatonina, hormônio que induz o sono. Quem faz uso deles, deve esperar ao menos 12 horas antes de dirigir. Já os diabéticos, que utilizam remédios para controle dos níveis de insulina no organismo, devem redobrar a atenção e se alimentar corretamente para evitar os quadros de hipoglicemia, que podem gerar tonturas, desmaios e alterações visuais.
Os médicos desempenham papel fundamental para que seja iniciada a reversão desse quadro. "As pessoas precisam estar informadas a respeito desses efeitos para que possam se prevenir", observa o presidente da associação. O especialista lembra que, certa vez, atendeu uma senhora que usava antidepressivos, ansiolíticos e indutores do sono e trabalhava, surpreendentemente, como motorista de um transporte escolar: "Ela não tinha nenhuma noção do risco que corria."
Fonte: Site do Trânsito (contato@sitedotransito.com.br)

A idade e o Trânsito

Pessoal, espero que vocês gostem da nossa iniciativa em criar o Blog Trânsito e Cia. Unimos conhecimentos e experiência de vários anos para tratar de temas interessantes e até polêmicos. Há algum tempo acompanho as notícias que saem nos principais jornais do Brasil sobre o trânsito, por este motivo postar artigos sobre a Educação para o Trânsito sempre foi um sonho que agora tento levá-lo adiante.
Hoje começo falando sobre o limite máximo de idade para dirigir. Será que existe uma idade certa para “parar de dirigir”? O Código de Trânsito Brasileiro - CTB não apresenta esse limite, apenas diz que a partir de 65 anos as pessoas devem renovar a Carteira Nacional de Habilitação - CNH de três em três anos ou em menos tempo conforme recomendação médica. Devemos observar, nesses casos, os sentidos como audição e visão, para que os idosos não coloquem sua vida em risco e nem a de outros usuários do trânsito.
O importante de tudo isso, apesar de todas as “limitações” não são os idosos os “inimigos” da segurança no trânsito, mas são os jovens, que na flor da idade, se arriscam, abusam da velocidade e do álcool uma das principais causas de acidentes e ainda acham que são de ferro, que nada vai acontecer com eles.
O que fazer para mudar esta realidade? Como sensibilizá-los de que a vida é preciosa e que é necessário fazer mudança de comportamento? Considerar de que a Educação para o Trânsito será o melhor caminho, porém ela tem que começar desde cedo, na escola! Quem sabe dessa forma, no futuro tenhamos jovens mais conscientes no trânsito e menos mortes nas ruas.
Autor: Rosa Costa - é formada em Letras pela UFPA, Pós graduada pela UFRJ, técnica em Trânsito pelo CEFET/PA.

Você acredita em acidentes inevitáveis?

Minha opinião é que 99,9% dos acidentes são evitáveis e sempre causa polêmica em meus cursos de Direção Defensiva ou palestras sobre o assunto. Explico minha opinião:
As estatísticas dizem que 4% dos acidentes são causados por falhas mecânicas e 6% são causados por má condição das vias sendo os 90% restantes causados por falhas humanas; mas vamos refletir sobre isso.
Os 4% de falhas mecânicas são em virtude de falta de freio, pneus carecas, folga na direção e tantos outros; mas gostaria de saber de quem é a responsabilidade da manutenção do veículo?
Os veículos são objetos e não tem vida própria e não se consertam por si próprio quando necessário; então com certeza a culpa é de um ser humano aumentando de 90% para 94% sendo por falha humana as causas de acidentes.
Vamos continuar o raciocínio em vamos analisar os 6% relacionados com as condições das vias segundo as estatísticas; como já mencionei sobre os carros as vias também não tem vida própria e não se consertam ou se adaptam conforme as necessidades humanas e precisam de um ser humano para tal feito. Por exemplo, quando se formam os terríveis buracos na via pode e geralmente são devido ao desgaste natural e de uso da mesma e pela ação do tempo, mas como foram construídas essas vias e rodovias?
Será que os engenheiros responsáveis usaram o material adequado e que resiste a tais condições de uso e do tempo? Quando começam se formar novos buracos de quem é o dever de consertar? Sem falar nas curvas, declives e aclives mal feitos; esquinas mal projetadas; falta de sinalização e tudo mais o que seja relacionado a as estatísticas de 6% das causas de acidentes estarem relacionadas com as más condições das vias.
Sempre foi e sempre será responsabilidade de um ser humano, quer seja o engenheiro que não fez direito seu papel; quer seja o governo que não libera ou não usa a verba que seria destinada para tal fim para consertar tais vias e rodovias; quer seja o mecânico ou borracheiro que não fez seu trabalho de manutenção como deveria; quer seja o proprietário do veículo que não faz a manutenção correta do seu veículo; enfim, no final sempre tem um ser humano que deixou de fazer seu papel que acaba levando as conclusões de que a culpa é do veículo ou da via.
E somando os 6% das más condições das vias teremos 100% de acidentes causados por falhas humanas; mas não quero ser tão radical, pois na minha humilde opinião só 99,9% dos acidentes são causados por falhas humanas e 00,1% pode ser causado por uma intempérie da natureza como, por exemplo, um raio cair na cabeça do condutor do veículo e pode causar um acidente!
Vai saber, pois o nosso tempo este tão louco; embora que eu ache que também é culpa de um ser humano o tal raio, pois estamos acabando com a nossa rica e tão necessária natureza.

PEDALAR NO TRÂNSITO

Trânsito: carros e mais carros, ônibus, motociclistas apressados, pedestres.
E nós, ciclistas. Como é que a gente faz?
Pedalar no trânsito parece impossível para muitos, principalmente para quem mora em cidade grande. Será mesmo? Isto é verdade, por que tem aumentado o número de ciclistas nas ruas?
O que é verdade ou imaginação sobre segurança no trânsito?
Segurança no trânsito é estabelecida a partir de números, estatísticas, encontrados através de pesquisas realizadas com base científica, que dizem de fato o que é seguro, perigoso ou inseguro para o condutor de um veículo, pedestre ou qualquer outro que esteja participando do trânsito.
O resto é imaginação (ou ficção) popular, e esta sim, costuma ser perigosa.
Normalmente, quando acontece um acidente a história corre de boca em boca, e em pouco tempo parecerá que houve um acidente em cada esquina e a cada minuto. Há certo prazer em contar e ouvir histórias deste tipo. Mesmo depois de muito tempo, um acidente sempre é uma conversa interessante. O que foi um tombo causado por um susto acaba se transformando num coitado sob as rodas de um ônibus.
É como no caso dos aviões: há em média dois (sim, dois!) acidentes para cada milhão de decolagens, o que transforma o avião no meio de transporte mais seguro existente. Mesmo assim só se fala nos que se esborracharam. Detalhe: nestes dois raríssimos acidentes não necessariamente houve morte, nem um arranhão sequer (o avião apenas pousou de barriga).
A imensa maioria dos ciclistas pedala sem sofrer acidentes de trânsito! Mas, bom mesmo é quando há sangue na conversa.
O fato é que as pessoas se apegam a certas verdades muito mais para evitar a possibilidade de mudanças em suas vidas do que para qualquer outra coisa. "Vai que pedalar é muito mais seguro que imagino, eu vou ter que assumir que estava errado todo este tempo".
O que é novo é estranho e traz receios. Para quem pedala pela primeira vez no trânsito a situação pode parecer assustadora. Só nos conscientizamos que a maioria dos perigos são imaginários com a convivência, a prática.
Trânsito é previsível, tem lógica, responde à física. Há uma parte psicológica? Sim, mas esta também é previsível.
Todo acidente é causado por um erro, uma falha. Se não houver erro ou falhas, não haverá acidente. É óbvio, parece uma afirmação besta, idiota, mas, muito pelo contrário. Quem compreende esta verdade, entende o que é segurança no trânsito e praticamente zera a possibilidade de um acidente.
Antes de culpar o outro, descubra qual é seu erro e você descobrirá a solução para o conflito.
Para o ciclista em qualquer lugar:
1. Seja educado;
2. Obedeçam as leis de trânsito;
3. Sempre sinalize suas intenções;
4. Use roupas claras ou chamativas;
5. Mantenha os refletores limpos;
6. Evite ruas e avenidas movimentadas;
7. Mantenha-se à direita e na mão de direção;
8. Não faça zigzag: procure pedalar mantendo uma linha reta;
9. Aprenda a ouvir o trânsito.
10. Bicicleta é um veiculo de propulsão humana, dotada de duas rodas, não sendo similar a motocicletas, motonetas e ciclomotor.

PEDALAR COM SEGURANÇA

Se o ciclista seguir umas poucas regras básicas o risco de acidente cai praticamente à zero. Sempre haverá possibilidade de alguma tensão ou conflito, mas será bem mais difícil a ocorrência de um acidente.
O importante é entender que, enquanto pedala e conduz a bicicleta, você é um ciclista, e não um motorista ou motociclista. Bicicleta acelera, mantém a velocidade e desacelera de uma maneira completamente diferente de qualquer veículo motorizado. Por causa disto a relação do ciclista com o trânsito tem suas particularidades que tem que ser respeitadas.
Mais da metade dos acidentes de trânsito envolvendo ciclistas é responsabilidade do próprio ciclista.

PEDALAR TRANQUILO

1. Acredite no que é científico; tome cuidado com o que falam por aí;
2. Mais de 50% dos acidentes é de responsabilidade do próprio ciclista;
3. 95% dos acidentes envolvendo ciclistas acontecem em cruzamentos;
4. Em menos de 1% dos acidentes o ciclista sofre uma colisão traseira;
5. Pedalar na contramão aumenta muito a possibilidade de acidente com seqüelas graves ou morte;
6. Ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos e deveres;
7. Ciclista que veste roupas claras ou chamativas e sinaliza suas intenções, diminui sensivelmente a possibilidade de acidente;
8. Boa parte dos acidentes é causada por falha na manutenção da bicicleta.
Se sua habilidade com a bicicleta não é boa e você tem que cruzar uma via muito perigosa ou cheia de obstáculos, faça a pé, empurrando a bicicleta.

ALGUNS COMPORTAMENTOS SEGUROS - CICLISTAS

O QUE O CICLISTA NUNCA DEVE FAZER
• Nunca pedale na contramão, a não ser que esteja sinalizado;
• Não pedale onde o motorista não o pode ver;
• Nunca entre com tudo nos cruzamentos, esquinas ou saídas de estacionamentos;
• Nunca force uma situação contra um carro, moto ou ônibus;
• Não pedale muito próximo do meio fio;
• Não fique olhando para trás, preocupe-se com o que vem pela frente;
• Não use walkman ou outro aparelho que possa prejudicar a audição.
PRECAUÇÕES QUE O CICLISTA DE TOMAR NO TRÂNSITO
• Pedalar de forma que seu comportamento transmita segurança aos outros;
• Olhar para trás quando for realmente necessário;
• Evitar deixar a bicicleta correr demais em descidas fortes (declives);
• Ter cuidado com as mudanças de piso e suas diferentes aderências;
• Ter cuidados com as tampas de bueiro em aço ou sinalização pintada no solo quando molhadas escorregam muito;
• Diminuir a velocidade quando pedalar na chuva ou chão escorregadio;
• Ter cuidado com chuva, pois a visibilidade de todos fica prejudicada;
• Estar sempre com a marcha correta engatada. Antes de parar a bicicleta nos cruzamentos engate uma marcha que lhe permita arrancar rápido.
• Respeitar o pedestre, sempre.
PRECAUÇÕES PARA MOTORISTAS E CICLISTAS NO TRÂNSITO.
• Faixas de trânsito (rodagem) são calculadas para a passagem de um veículo por vez;
• A maioria dos motoristas não pedala, portanto não sabe como a bicicleta se comporta em movimento;
• A diferença de velocidade entre uma bicicleta e um automóvel é grande e o tempo de reação do motorista é baixo;
• Motoristas precisam prestar atenção em muita coisa ao mesmo tempo. A bicicleta é visualmente o menor dos veículos no trânsito, portanto, o mais difícil de ser percebido;
• Motoristas de qualquer veículo grande, não têm uma boa visibilidade externa, portanto, o ciclista deve guardar distância;
• Um carro ou uma motocicleta freiam mais rápido que uma bicicleta;
• A bicicleta desaparece no ângulo formado pela coluna de um carro.
PRECAUÇÕES PARA OS PEDESTRES E OUTROS.
• Pedestres tem prioridade sobre ciclistas. Lembre-se que você também é um pedestre. Respeite para ser respeitado;
• Um pedestre pode mudar de direção de maneira muito brusca. Aproxime-se devagar, avisando sua chegada e passe guardando distância;
• Patins e skates também mudam de direção com muita rapidez;
• Cachorros e gatos têm reações inesperadas. Evite assustá-los;
• Próximo a árvores pode haver raízes perigosas. Cuidado ao se aproximar de uma arvora estrondosa.

AS LEIS QUE DEFENDEM O CICLISTA NO TRÂNSITO

As Leis que defendem o ciclista no trânsito não estão sendo cumprida pelos Órgãos de competência*.
Leis não faltam para pensar e inserir o ciclista no trânsito. O difícil é levá-las para a realidade. Segundo o Artigo 201 do Código Brasileiro de Trânsito, o motorista que "deixar de guardar a distância lateral de 1,50 metros ao passar ou ultrapassar bicicleta" deve ser multado em R$ 85. No entanto, não se tem o conhecimento de que algum condutor foi autuado com base nessa lei.
A falta de fiscalização vem se somar a uma série de falhas nas políticas públicas que deveriam incentivar o uso de bicicletas em situação de risco - ao invés de abrir possibilidades para acidentes como os que mataram vários ciclistas atropelados em diversas vias das grandes cidades. Os ciclistas não precisam desses 1,5 metros. Se os condutores de veículos motorizados importância à vida era bastante tão-somente uns 20 a 30 centímetros para poder pedalar com maior tranquilidade pelas vias desprovidas de ciclovia ou ciclofaixa, mas nem isso tem.
É sabido que existem as faixas de trânsito na longitudinal em que a pista de rolamento pode ser subdividida, sinalizada ou não por marcas viárias longitudinais, que tenham uma largura suficiente para permitir a circulação de veículos automotores. Esta é uma condição que permite que o Agente de Trânsito não necessite de carregam uma fita métrica para medir a distância entre carros e bicicletas. Parece até piada, mas não se precisam de mais leis, precisam-se de conhecimento e comprometimento com o respeito à Vida no transito.
*Rosa Costa - é formada em Letras pela UFPA com pós graduação pela UFRJ e Técnica de Trânsito pelo CEFET/PA.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

TRÂNSITO: RESPONSABILIDADE DE TODOS

Devemos admitir que, as soluções no trânsito não dependem exclusivamente de decisões técnicas, mas, também Há muito se clama do poder publico, por providencias que solucionem o caótico trânsito em que vivemos. Mas, simultaneamente surge o questionamento: será também que como cidadãos cumprimos nossa parte neste grande segmento tão importante para a sociedade? Vejamos: é verdade que para manter-se um tráfego ordenado, exige-se dentre muitas outras variáveis, fundamentalmente, a injeção de recursos técnicos qualificados e vontade política para por em prática qualquer intervenção no sistema viário. Mas, devemos nos recordar que tudo isto já foi aplicado sem que trouxesse os resultados positivos esperados. Atribui-se a causa justamente pela falta de colaboração de nós, seres humanos, quer seja na condição de pedestre, usuário da via como condutor, pelo fato de conscientização e respeito às leis de trânsito; não queremos atravessar nos locais adequados e seguros, falta de obediência à sinalização e não respeitamos nós mesmo ou seja, a ausência de seriedade com o trabalho educativo desenvolvido, objetivando mudar o comportamento daquele que é peça mais importante neste processo: O Homem.
Daquelas consideradas de cunho político, social e humano juntamente com maior investimento e preocupação de nossas autoridades, pois, afinal de contas, qualquer cidade do mundo já teve problemas semelhantes ao nosso, mas souberam pelo menos minimizá-los através de conjugação de capacidade técnica e administrativa.
Cidadão e usuários, adequemo-nos mais também para o trânsito, pois só assim contribuiremos para um tráfego mais ordenado e seguro em nossa cidade.
Texto: Hercílio Castro - Técnico do DETRA/PA e Professor da ETFPA (atual IFPA), in Jornal dos Transportes.

Trânsito responsável - Alexandre Garcia

As leis no trânsito existem. O problema é saber respeitá-las. O motorista, protegido por uma blindagem de aço, é responsável pela segurança do pedestre, protegido apenas pela roupa do corpo.
As leis no trânsito existem. O problema é saber respeitá-las. Entre os princípios do Código de Trânsito, está a regra de que todos os veículos, motorizados e não-motorizados, são responsáveis pela segurança do pedestre.
Isso obedece a uma lei mais forte, uma lei natural, em que os mais fortes
são responsáveis pelos mais fracos. O motorista, protegido por uma blindagem
de aço, é responsável pela segurança do pedestre, protegido apenas pela
roupa do corpo.
Esses princípios foram postos em prática em Brasília muitos anos antes do novo Código de Trânsito, que tem dez anos.
Fonte:

Trânsito passa longe das escolas

Demora no cumprimento da lei e falta de verbas impedem que o tema seja abordado no ensino regular.
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em vigor há quase onze anos, não é cumprido nas escolas do País. Não se sabe quando a educação no trânsito em todos os níveis do ensino será regulamentada. A má distribuição dos recursos do Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito (Funset) colabora para que o tema seja negligenciado nas escolas. Para o diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Alfredo Peres da Silva, na aprovação do Orçamento da União, a liberação de verbas para esse fim sempre é prejudicada. “Nessas horas, o trânsito acaba ficando esquecido.”
O artigo 76 do CTB estabelece que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), gerenciado pelo Denatran, sugira ao Ministério da Educação (MEC) proposta para incluir educação no trânsito no currículo escolar. De acordo com a coordenadora do Denatran Juciara Rodrigues, a Câmara Temática de Educação e Cidadania no Trânsito já concluiu estudos. Desde agosto, o projeto tramita na área jurídica e deve ir à decisão do Contran. Mas não há data para a apresentação ao MEC.
O coordenador da câmara temática, Fernando Pedrosa, afirma que falta integração entre o MEC e o Ministério das Cidades, ao qual pertence o Denatran. A explicação de Juciara é que o processo demanda tempo e requer “seleção de prioridades”. Até que isso aconteça, alerta o presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET), Roberto Scaringella, a proposta de educação no trânsito do CTB não sairá do papel.
Mesmo as iniciativas do Denatran não duram. O projeto Rumo à Escola, no qual as unidades de ensino fundamental de 15 capitais brasileiras receberam material de apoio e qualificação para os professores, acabou em dois anos. O programa, premiado pela Unesco, foi extinto em 2003.
Os projetos estaduais e municipais também ficam isolados por causa da dificuldade na fiscalização, avalia um dos autores do CTB, Cyro Vidal.
Para Juciara, a educação no trânsito não se restringe ao ensino regular. “O próprio documento dos Parâmetros Curriculares Nacionais sugere que o trânsito seja tratado como um tema local, ou seja, de acordo com as necessidades locais.” Na prática, trata sobre educação no trânsito a escola que quiser. As que levam os alunos a conhecer o assunto fora da sala de aula o fazem sem recomendação do MEC.
O contador Marcos César Marins, redobra a atenção ao volante na presença do filho, de oito anos de idade. Desde que visitou com os colegas de classe a Cidade Portinho Seguro, na Mooca, na zona leste, o menino carrega uma caderneta em que anota as infrações cometidas pelo pai e por outros motoristas. “O que eu mais vejo é moto passando no sinal vermelho e ônibus fechando o cruzamento”, conta o garoto.
Na unidade da escola Pueri Domus no Itaim Bibi, zona sul, a idéia de lidar com educação no trânsito partiu da direção. Os alunos do ensino infantil aprendem passeando de triciclos em um circuito de rua pintado no chão do pátio. “As crianças ficam tão espertas que reclamam com os pais quando fazem algo errado no trânsito”, afirma a coordenadora pedagógica Cristina Sabadell.
Outras escolas procuram a CET para levar noções de trânsito às crianças, como o Colégio Visconde de Porto Seguro, na zona sul. “A CET trouxe os profissionais, e os alunos puderam aprender sobre as placas de rua e as sinalizações”, conta a diretora de Ensino Fundamental, Kristine Maita.
A CET também sustenta projetos como o Travessia Segura de Escolares, desenvolvido em 16 escolas da cidade, e o Programa de Educação no Trânsito para Terceira Idade. A verba da companhia para essa área é de R$ 644 mil mensais, mas, descontados salários, benefícios e encargos, restam R$ 144 mil. Com o dinheiro, a companhia ainda elabora propostas para as Secretarias Municipal e Estadual de Educação.
O gerente de Educação no Trânsito da CET, Sergio Cordeiro de Andrade, levará duas propostas à Secretaria Municipal de Educação no início de 2007: uma de incluir cartilhas sobre o tema no currículo das escolas, outra de ampliar o projeto Travessia. A Secretaria afirma que só poderá comentar os projetos depois de analisá-los.
No Estado, a CET é parceira do Programa Escola da Família, e o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran) mantém o Cidade Mirim e o Clube do Bem-te-vi. Os alunos que visitam o Cidade Mirim conduzem carrinhos elétricos e bicicletas sob a supervisão de professores. Mas a iniciativa de agendar a visita das crianças deve partir das escolas.

Tipos de infrações de trânsito

Transportar crianças com menos de dez anos no banco da frente dá multa de 180 UFIRs e retenção do veículo.
Usar o cinto de segurança dentro e fora da cidade, além de ser obrigatório, é uma garantia de segurança. Este é o hábito mais fácil de adquirir neste Código, mesmo assim não dispensa multa. Deixar de usar o cinto de segurança (motoristas e passageiros) implica em multa de 120 UFIRs e retenção do veículo para regularização.
Muitas pessoas já mataram e morreram dirigindo embriagado ou sob efeito de tóxicos. Diante de tantas mortes, é inadmissível irresponsabilidades tão graves. A lei de trânsito é dura e eficaz.Não tem mais perdão. Infrações como estas são consideradas crime.
Dirigir sob influência de álcool ou qualquer entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica custa 900 UFIRs de multa, suspensão do direito de dirigir e retenção do veículo. O infrator ainda estará sujeito à detenção.

Tipos de Infrações de Trânsito - 2ª Parte

O número de vítimas de rachas, manobras perigosas e alta velocidade é assustador. Este tipo de imprudência faz parte de uma das penalidades mais duras do Código.
Tirar rachas = Multa até 540 UFIRs, suspensão do direito de dirigir e apreensão do veículo.
Transitar em rodovias e vias de trânsito rápido em velocidade acima da máxima permitida = Multa até 540 UFIRs, suspensão do direito de dirigir.
A lei de trânsito é séria. Castigo também para quem deixar de prestar ou providenciar socorro quando estiver envolvido em acidentes ou quando alguma autoridade de trânsito solicitar que preste socorro.
Deixar de socorrer vítimas em acidente quando o condutor estiver envolvido = Multa até 900 UFIRs e suspensão do direito de dirigir. O infrator também estará sujeito à detenção de seis meses a um ano.
Deixar de prestar socorro a vítima de acidente quando solicitado por autoridade = Multa de 120 UFIRs.
Pedestre tem que atravessar na faixa e usar a passarela. E o motorista tem que respeitar a faixa e o sinal. Atualmente, 60% das mortes no trânsito são de pedestres; o Código também se preocupa com isso. A lei prevê multas para motoristas que não respeitam a faixa e o sinal vermelho. Ultrapassar sinal vermelho = 180 UFIRs. Avançar na faixa de pedestres quando há mudança de sinal luminoso = 80 UFIRs.
A conversa ao telefone pode tirar a atenção no trânsito. Fones de ouvido tanto podem deixar o motorista distraído como impossibilitado de ouvir buzinas em situações emergenciais. O motorista que dirigir com fones de ouvido ou falando ao celular recebe multa de 80 UFIRs.
Parece tolice, mas não é. Para evitar surpresas desagradáveis, o motorista tem que dirigir com as duas mãos. Dirigir com uma mão só pode deixá-lo despreparado para qualquer atitude que necessite da rapidez e habilidade das duas mãos. Neste caso, dirigir com o braço pra fora do carro resultará em multa de 80 UFIRs.
O Código de Trânsito, além de motoristas e pedestres, também está de olho na educação no trânsito e na limpeza da cidade. Jogar lixo pela janela do carro é um ato mal-educado. Compromete a limpeza das vias públicas a ainda põe em risco pessoas que podem ser atingidas pelos objetos atirados. É muito fácil : é só guardar o lixo e esperar chegar em casa. Atirar água ou detritos pela janela do veículo leva a pessoa a receber multa de 80 UFIRs.
Dirigir motocicletas sem capacete pode ser uma imprudência fatal. Muitas mortes já foram registradas por isso. Motoristas e passageiros sem capacetes também serão penalizados seriamente. Dirigir motocicleta ou transportar passageiro sem o capacete de segurança e vestuário de acordo com as normas e especificações aprovadas pelo CONTRAN dá multa de multa de 180 UFIRs e suspensão do direito de dirigir.
Menores de 18 anos não possuem autorização para dirigir. Menores sem habilitação significa perigo no trânsito, prejuízo e dor de cabeça para o proprietário do veículo. A irresponsabilidade de quem confia a direção do veículo a pessoa que não esteja em condições legais de direção é punida com multas até 900 UFIRs e apreensão do veículo.

Segurança garantida

A cada ano, a evolução da indústria automobilística permite a criação de inovações para tornar os carros mais seguros. O cinto de segurança continua ocupando o lugar de maior destaque quando o assunto é salvar vidas. Entre os modelos disponíveis no mercado, o de três pontos firmou-se como o mais indicado, especialmente após a resolução editada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) exigindo uso do equipamento em todos os assentos dos automóveis. A exceção ficou por conta dos assentos centrais, único local onde ainda é permitido o tipo subabdominal, primeiro modelo do equipamento disponível para automóveis.
Como envolve apenas o abdômen, os cintos mais antigos não conseguem impedir que o tronco seja projetado para frente no momento da freada, o que os coloca como uma opção menos indicada pelos especialistas. Já o cinto de três pontos é visto como o mais seguro, justamente por proteger condutores e passageiros de forma mais completa. “Ele impede o deslocamento do tórax e protege a cabeça permitindo, ao mesmo, conforto e liberdade de movimento para quem o utiliza”, explica André Luis Horta, analista de segurança do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi).
O fato de permitir uma desaceleração mais violenta dos corpos faz do subabdominal a opção menos segura. Como consequência do forte impacto com que a pessoa é projetada para frente, há um aumento exponencial do risco das chamadas lesões ocultas. Quando o movimento do veículo é interrompido de forma brusca, a tendência natural, segundo as leis da física, é que os órgãos continuem o movimento, chocando-se entre si e com outras estruturas do corpo, como ossos. Dependendo da força, pode provocar o rompimento das estruturas e hemorragias graves. Por reduzirem o impacto, o cinto de três pontos novamente leva vantagem sobre o equipamento ajustado apenas no abdômen.
Mesmo assim, o modelo subabdominal, disponível em grande parte dos veículos (no assento traseiro na posição central), não deve ser desprezado quando for a única opção. “Em caso de desaceleração rápida, uma pessoa solta no banco de trás será pressionada contra os ocupantes da frente podendo feri-las”, argumenta André Luis Horta. No caso de o motorista estar usando o cinto, o impacto do corpo do passageiro desprotegido fará pressão dobrada no equipamento e a tendência é que ele se rompa, deixando ambas as pessoas desprotegidas.
“Quem não usa o cinto corre um risco eminente. Não resta dúvida de que é o item de segurança mais importante”, observa Miguel Ramirez, diretor de Educação no Trânsito do Departamento de Trânsito do Distrito Federal. Além de ser considerada uma infração grave, a falta do uso rende ainda cinco pontos na carteira e multa de R$ 127,00
Criança segura
Apesar de ser um grande aliado dos motoristas em caso de choque, o uso do equipamento por crianças requer altura e peso mínimos, sob pena de ter seu poder de proteção reduzido. Em primeiro lugar, o cinto deve passar confortavelmente pelo meio do ombro, centro do peito e sobre os quadris, sem permitir espaço para que ela escorregue o corpo para frente. A criança deve pesar, ao menos, 36 kg e medir 1,45m, o que permitirá que apoie as costas inteiras no encosto do banco. A utilização do cinto subabdominal não é recomendada para os pequenos e gestantes.
CONHEÇA
Subabdominal
Envolve apenas o abdômen do passageiro, permitindo assim a projeção do tronco para frente em caso de desaceleração. Deve ser colocado na articulação dos quadris e não na barriga
Três pontos
Oferece maior proteção e em um momento de choque, a força do impacto é distribuída e absorvida em toda área de contato com o corpo, não apenas no abdômen. Impede que a pessoa seja lançada para a frente e o uso correto exige que a pessoa sente-se com a coluna ereta, fazendo um ângulo de 90º com as pernas. O cinto deve passar pelo meio do ombro e estender-se pela coluna vertebral até o engate nos quadris

Preso suspeito de envolvimento na máfia do Detran

Date: Tue, 18 Nov 2008 20:36:45 -0300
Portal Terra
FORTALEZA - A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu, nesta manhã, mais um acusado de envolvimento no esquema que fraudava placas e documentos de habilitação no Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran-CE). Segundo a PRF, o dono de uma revenda de caminhões identificado como José Silveira Filho, 51 anos, "esquentava" veículos roubados ou clonados subornando despachantes e servidores do órgão de trânsito, adulterando inclusive o chassi, motor e placa dos veículos.
Na casa do suspeito a polícia apreendeu 3 revólveres calibre 38, 11 celulares, uma câmera digital com fotografias de vários veículos, computadores e 13 placas de veículos. Na revenda de veículos 'Zé Filho Caminhões', os policiais também apreenderam dois caminhões e uma caminhonete.
Segundo os agentes da PRF, José Silveira tentou fugir dos agentes no momento da prisão, pulando o muro da parte de trás de sua residência, mas acabou surpreendido por uma viatura que fazia o cerco no local. No total, 12 agentes participaram da ação, como desdobramento da Operação Lótus.
No último dia 6, a polícia prendeu 24 pessoas suspeitas de falsificação de documentos de habilitação e fraudes na regularização de veículos. Na sede do Detran foram apreendidos grande quantidade de documentos oficiais em branco (carteiras de motorista, licenciamento anual, autos de vistoria), computadores, armas, agendas, placas de veículos e lacres, além de dinheiro em dólar, euro e real. Também foram encontradas ferramentas que seriam utilizadas para adulteração de chassis.

Operação Lotus: PRF prende empresário dono de revenda de caminhões

Arquivo Ação coordenada: os funcionários do Detran e despachantes foram conduzidos para o xadrez do 16º DP (Dias Macedo) no último dia 7
O empresário José Silveira Filho, do setor de revenda de caminhões, foi preso na manhã desta terça-feira (18), em Fortaleza, no prosseguimento da Operação Lotus, da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
José Filho, dono da "Zé Filho Caminhões", que funcionava na BR-116, em Messejana, comandava a adulteração de chassis dentro do Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran). Ele teve a prisão preventida decretada pela Justiça.
Com o empresário, foram apreendidos caminhões com chassis adulterados e três revólveres. De acordo com o delegado Paulo André, o empresário confessou o porte ilegal de arma na Delegacia de Acidentes e Delitos de Trânsito, onde estão concentradas as investigações da operação.
"José Filho está preso em flagrante e também em temporária, onde analisaremos uma possível prorrogação e de uma possível prisão preventiva", assegurou o delegado Paulo André.
Juntamente com o empresário, foi autuado o caseiro, que trabalha de vigilante à noite. Os dois serão transferidos para a Delegacia de Capturas.
A Operação Lotus foi deflagrada na semana passada e já prendeu 24 pessoas acusadas de montar esquemas de falsificação de carteiras de habilitação, licenciamentos de veículos e transferência de multas de trânsito no Estado.

TV Diário / TV Verdes Mares / Portal Verdes Mares - 18/11/2008 - 09:38

O LOBISOMEM DO ASFALTO, UMA ANÁLISE DA VIOLENCIA NO TRÂNSITO.

A média de mortes provocadas pelo trânsito brasileiro é como se caíssem, por dia, 15 jatinhos como o de os Mamonas.
O problema é que a gente convive com essa matança sem a comoção causada pela perda dos geniais garotos de Guarulhos. Problema maior é que a gente não apenas convive com a matança, mas colabora com ela. O trânsito, pouco a pouco, vai nos envolvendo e, sem perceber, armamos nosso espírito de raiva, como arma de sobrevivência na selva asfaltada. Na guerra do trânsito, penso que a gente vai se transformando mais ou menos como ocorreu nas Guerras Mundiais. O homem que vai virando lobisomem atrás do volante.
O resultado disso é a loucura diária que é cometida sobre o asfalto, por pacatos burocratas, bons pais-de-família, religiosos praticantes. Viram lobisomens. Matam em média umas 137 pessoas por dia. A maior parte, pedestres protegidos apenas com o tecido de roupa do corpo.
Desde que foi implantado o uso obrigatório do cinto de segurança, o número de mortos por dias não mudou. Mas mudou quem morre. Antes do cinto, morriam os ocupantes dos veículos; hoje, morrem mais pedestres. Resumo da tragédia: sentindo-se mais protegidos pelo cinto, os motoristas, vestidos com uma armadura de uma tonelada de aço, plástico e vidro, aceleram mais e matam os que estão protegidos apenas com a roupa do corpo. No Brasil não há pena de morte para o bandido que mata 10 pessoas; mas, motoristas condenam à morte o pedestre pelo erro ou a ousadia de cortar a trajetória do seu bólido - e ficam impunes. Não nos demos conta que essa é a mais objetiva agressão aos direitos humanos que se pratica no Brasil.
Estou falando em Brasil porque, se você já andou no Primeiro Mundo, sabe que um dos sinais de civilização é o respeito aos direitos humanos no trânsito. O pedestre, por ser o mais fraco, tem mais direitos para compensar a fraqueza física. E o motorista, por um princípio de civilização, por ser o mais forte, é responsável pelo mais fraco. Mas não é só por isso que eles respeitam. Eles respeitam porque as leis são duríssimas. Nos Estados Unidos, cada guarda traz na cintura o bafômetro e as algemas. Se alguém bateu no meio-fio, surge um carro de polícia (acho que eles caem do céu porque estão em toda parte, mas a gente só os vê quando são necessários). O policial aplica o bafômetro e em seguida as algemas, se o teste der positivo.
Como as campanhas educativas têm tido pouco resultado, os legisladores brasileiros optaram pela punição dura. Depois de quase três anos se arrastando no Congresso, pretenderam acelerar o Código de Trânsito Brasileiro - CTB com penas de cadeia e multas dez vezes superiores às que existiam no Código Nacional de Trânsito - CNT. Mas aí, vamos precisar de policia eficiente e de estradas de verdade. Além disso, a unanimidade dos especialistas em trânsito, no Brasil inteiro, reconhece que as auto-escolas ensinam a passar no exame do DETRAN, mas não a dirigir.
Dirigir um carro é mais difícil que pilotar um avião. O avião em que você está voa numa estrada ampla, com poucos veículos a ocupá-la e, além disso, quem vai para o norte voa numa altitude e quem vai para o sul, voa noutra altitude. Já os carros trafegam todos no mesmo nível, em “estradinhas” estreitas, com duplo sentido de circulação, esburacadas e mal sinalizadas. A maioria dos carros são velhos e mesmo os novos ainda carecem de sistema de segurança vitais como o air bag e ABS. Muitos motoristas antiquados ainda descrêem no cinto de segurança e se sentem machos bastante para tomar umas cervejas antes de assumir o volante. Se fossem bons quanto pensam, não seriam os recordistas mundiais de matança no trânsito.
De todas as violências que matam neste País, a mais assina e mais cruel é a do trânsito. É a que mais mata inocentes, é a que mais mata desprotegidos - os pedestres - e é a que mais pode ser combatida porque essa é uma violência que está no meio de nós, motoristas. É uma guerra que enche de sangue o asfalto, de lágrimas os lares e de feridos e mortos os hospitais e cemitérios. E que pode acabar se cada um matar o lobisomem em seu próprio veículo.
E isso só é possível se cada pessoa que conduz um automóvel se conscientizar de sua responsabilidade e do respeito que a vida humana merece. Bom seria que ao invés da necessidade de punição, o trânsito fosse atividade de exercício de cidadania com a adoção de postura civilizada e humana.

O Desafio da Educação de Trânsito na Formação do Condutor

O Desafio da Educação de Trânsito na Formação do Condutor
Sexta-feira, 27/Abril/2007
Outro dia, li a seguinte frase: “A obediência é o consentimento da razão”. Esta assertiva, apesar de curta, é repleta de sabedoria. Em outras palavras, ela expressa que a desobediência ocorre no instante em que as razões oferecidas para que as pessoas se comportem corretamente não são suficientes. Por exemplo, quando um motorista diz odiar os radares de trânsito e pede aos amigos sugestões para burlar este tipo de fiscalização, muito provavelmente, o que está implícito é que a justificativa dada pelas autoridades de trânsito, por exemplo, que a fiscalização eletrônica contribui para a redução dos riscos de atropelamento, não é suficiente para esta pessoa. Ao contrário, as razões para transgredir parecem ser bem mais fortes.
Mas, a educação de trânsito não tem procurado esclarecer nossos condutores? Bem, o nosso modelo de educação atual parece estar muito mais centrado nos aspectos de descrição e memorização das normas de circulação, do que na reflexão e compreensão dos significados delas ou no porquê delas existirem. Para uma rápida constatação disso, basta pensar, caro leitor, em suas próprias aulas na auto-escola. Quanto tempo gasto decorando placas de trânsito, principalmente aquela do “triângulo de cabeça para baixo”… Ou, ainda, memorizando aquelas regrinhas sobre quem tem a preferência numa rotatória, nos cruzamentos não sinalizados… etc. Apesar de importantes, a forma como são “jogados” estes conteúdos podem não fazer sentido para os alunos, que saem com a sensação de que têm simplesmente que obedecer o que lhes foi imposto e ponto final. Talvez, seja por isso que a desobediência à lei é massiva.
Será, então, que o nosso modelo de educação de trânsito não está oferecendo subsídios, razões ou justificativas suficientes para que os nossos condutores possam obedecer às leis? Vejamos alguns exemplos práticos retirados do Orkut, a rede de relacionamentos mais usada pelos brasileiros, para analisar melhor a questão. São trechos literais de descrições de comunidades que discutem o tema trânsito; algumas delas estão entre as maiores, em termos de número de participantes:
Eu Odeio Radares de Trânsito (34.715 membros). Se você já tomou uma multa de excesso de velocidade fotografada por um radar… Se você odeia a fiscalização eletronica… Junte se a nós e diga suas idéias para evitar as multas…
Eu odeio as Lesmas do Trânsito (15.763). Se você odeia aquelas pessoas que trafegam lentamente na pista da esquerda. Aqueles motoristas espaçosos que ocupam mais de uma pista. Aqueles manés que demoram pra andar quando acende a luz verde no semáforo. Enfim se você odeia todos aqueles ignorantes que atravancam o transito aqui é o seu espaço.

LEI SECA - O bicho papão das multas de trânsito

Em seis meses da vigência da Lei Seca, milhares de motoristas foram multados no Território Nacional por dirigir depois de beber. O desrespeito à Lei Seca coloca o País entre os campeões de multas por misturar álcool e direção, respondendo por um alto índice de condutores infratores em todo o País.
Apesar dos riscos de serem multados e presos, muitos motoristas continuam desafiando a lei. Nas blitz realizadas pelos DETRANs, nos finais de semana um grande número motorista recebe multas por dirigirem com teor de álcool no sangue. O número não é maior por causa de fenômenos metrológico como as densas chuvas que assolam o País inteiro e que prejudicam as operações programadas em algumas cidades das Capitais e do Interior.
O nível de conscientização dos motoristas ainda não é o adequado.
Além das multas aplicadas, motoristas são penalizados com a suspensão dos direitos de dirigir atingindo um período que vai de um a doze meses sem que possam ter a liberdade de usar o veículo - a maior arma no trânsito.
Nas primeiras semanas do ano, milhares de motoristas foram notificados após o teste de o bafômetro acusar teor de álcool a partir de 0,11 miligramas de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões. Neste caso, a Lei Seca é bem clara: o motorista responderá a um processo administrativo, tem de pagar multa no valor de R$ 957,54 e terá a carteira de habilitação suspensa por um ano.
Se o teste acusar um nível de álcool acima de 0,30 miligramas, o condutor de veículo é detido, enviado à delegacia mais próxima e terá de responder tanto a processo administrativo e quanto criminal.
Os motoristas multados depois de ser flagrados dirigindo com álcool no sangue pelas vias de trânsito muito ainda estão cumprindo penalidades aplicadas pelos Órgãos de Trânsito do Território Nacional.

PENAS RIGOROSAS PARA QUEM ASSOCIAR ÁLCOOL E DIREÇÃO.

Depois que a Lei nº 11.705/08 impôs penas rigorosas para quem associar álcool e direção, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) resolveu reforçar o desestímulo a essa prática propondo, desta vez, medidas na linha de prevenção. O parlamentar apresentou projeto de lei (PLS 9/09), que foi encaminhado para a Comissão de Assuntos Sociais (CAS), determinando a impressão nas embalagens e nos rótulos de bebidas alcoólicas de mensagens de advertência, ilustradas por imagens, com alertas sobre os riscos à saúde e as sanções cíveis, penais e administrativas para quem dirigir embriagado.
"A advertência não deve fazer menção apenas ao consumo excessivo, de modo genérico. É preciso seguir o exemplo dos maços de cigarro e veicular mensagens que abordem de modo específico e didático os problemas decorrentes do consumo de álcool. Deve-se alertar sobre os riscos de dirigir embriagado, de desenvolver dependência (alcoolismo crônico), de envolvimento em atividades de risco etc." explicou na justificação do PLS 9/09.
A proposta de Cristovam modifica a Lei nº 9.294/96, que define restrições ao uso e à propaganda de cigarros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas. Essa lei já obriga os produtores de bebidas alcoólicas a exibir a seguinte advertência em suas embalagens: "Evite o consumo excessivo de álcool". Apesar de considerar esse alerta correto, o parlamentar disse acreditar que, passados 12 anos da vigência da lei, a mensagem está desatualizada e, portanto, falhando em advertir a população.
De acordo com o PLS 9/09, as mensagens de advertência e as imagens ilustrativas deverão ser definidas pelo Poder Executivo. Sua veiculação seria obrigatória nas embalagens e nos rótulos de bebidas com teor alcoólico igual ou superior a meio grau Gay-Lussac. Além da CAS, a matéria será analisada pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), onde será votada em decisão terminativa. Agência Senado - Data: 10/02/2009

JUNTOS VAMOS ACABAR COM AS LESMAS DO TRÂNSITO.

Dirigindo eu educo o Trânsito (?). Para ser bem-vindo você precisa: 1º) Dirigir pelo menos 80% acima do limite regulamentado, 2º) Não colar na traseira e não buzinar, ligar a seta de mudança de direção, usar farol baixo e até mesmo dar uma pequena
batida no filho da  que usa a pista da esquerda para passear. E depois de
ultrapassar você deve ficar na sua frente e frear até fazê-lo parar, 3º) Não deixar ninguém mudar de pista se não usar o pisca, 4º) Cuspir no vidro de filhos da
 que param em fila dupla, 5º) Sair antes do verde para assustar os filhos da
 que cruzaram no vermelho, 6º) Acelerar antes da hora e deixar
 no meio do transito o pedestre que atravessou no vermelho piscando,
7º) Se o ônibus saiu para ultrapassar na esquerda, não deixar ele voltar para parar no ponto na pista da direita (…).
Eu faço GAMBIARRA no trânsito. Para você que fez aquele retorno “meio” proibido, entrou naquela rua mesmo sabendo que é contramão e já passou no sinal amarelo pisando fundo para não parar no vermelho, ou seja, fez um verdadeiro cambalacho no trânsito por necessidade ou não.
Eu Já roubei placa de trânsito - Esta atitude destina-se àqueles que são loucos e não resistem em roubar e/ou destruir as lindas placas de trânsito e etc… principalmente quando bêbados!!!
“Eu odeio bicicleta no trânsito” - Se você também odeia aqueles ciclistas que sempre atravessam os sinais vermelhos ou andam na contra mão em ruas apertadas, participe deste espaço e faça seu comentário.
Se “a obediência é o consentimento da razão”, é oportuno reconhecer que, a partir desses casos e de tantos outros que observamos a educação para o trânsito que temos atualmente no Brasil parece não estar dando razões suficientes para as pessoas obedecerem ao Código de Trânsito Brasileiro, e, desse modo, ela pode não estar cumprindo o seu objetivo principal, que é possibilitar a boa convivência e a segurança nos deslocamentos das pessoas. É oportuno destacar que os trechos acima não representam apenas casos isolados, uma vez que, observando o número de seus participantes, muitas pessoas compartilham esses pontos de vista. Eis o desafio da educação de trânsito na formação do condutor para os próximos anos: centrar-se nas razões da existência das normas de circulação e nas consequências e riscos advindos em não cumpri-las, ao invés da memorização delas. Com esta mudança de foco, talvez possamos avançar e conseguir efetivamente melhorar a forma como nos relacionamos no ambiente do tráfego.

Explosão luminosa

Motorista que quiser instalar farol de xênon deve ficar atento para as novas regras. Se não estiver bem regulado, pode causar acidente
De longe, ele avisa que está chegando. E chega todo incrementado: caixas de som potentes nas portas e no porta-malas, películas escuras no vidro, eixo rebaixado e, para completar, potentes faróis de xênon. Não há como passar despercebido um carro desses. Mas para andar na rua com um modelo personalizado é preciso seguir o Código de Trânsito. E com relação à forte luz azulada do xenônio, um aviso: se, por um lado, ela amplia a visão de quem está dentro do veículo, por outro ofusca quem está do lado de fora. E pode até causar acidentes. “Um motorista que vem em sentido oposto a esse carro tem sua visão prejudicada”, alerta o gerente de Fiscalização do Detran-DF, Silvaim Fonseca.
Muitos dos kits de xênon vendidos são facilmente instalados em lojas de acessórios, saindo desregulados em muitos casos. “O farol desregulado compromete a segurança do trânsito. Já o farol de fábrica não é agressivo”, ressalta Fonseca.
Por esse motivo, a utilização do farol de xênon foi regulamentada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), por meio da Resolução 294/2008, em vigor desde janeiro. O documento estabelece que só podem usar os carros que têm sistema para regular a altura da lâmpada quando há excesso de bagagem no porta-malas ou desníveis na pista, como uma lombada ou um buraco. O equipamento impede que a luz suba e prejudique outros condutores.
Além disso, os veículos devem dispor de limpadores de farol, para que a sujeira não mude a direção da luz. Quem não atender a esses requisitos incorre em infração grave, caso seja parado em uma fiscalização do Detran. A multa é de R$ 127,00 mais a retenção do veículo.
Procedimento
Ocorre que o sistema que regula a altura da lâmpada e os limpadores de farol constam como itens de série apenas dos veículos mais luxuosos. Para andar com um carro dentro da lei é preciso adaptar todo o sistema. Por isso, o condutor deve pedir autorização ao Detran de sua cidade. De posse da autorização, deve ir a uma oficina para fazer às alterações. Nesse caso, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) recomenda que o motorista entre em contato com o fabricante de seu veículo para saber as especificações do modelo.
Depois da instalação, o condutor deve levar o carro para vistoria em uma instituição técnica licenciada (ITL), que expedirá um certificado de segurança veicular. Por fim, esse documento deverá ser entregue ao Detran, para que se incluam as informações relativas à alteração no documento do veículo.
Se seguir corretamente todos os passos, o motorista não terá problemas ao ser parado em uma blitz. “O Detran segue o Código de Trânsito Brasileiro e as resoluções do Contran. O mal é que as pessoas primeiro fazem as coisas em seus carros para depois procurar saber se a alteração é permitida ou não. Nossa prioridade é a proteção da vida”, conclui Silvaim Fonseca.

Educação para o trânsito será tema prioritário nos Direitos Humanos

A educação para o trânsito será tema prioritário e permanente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. A decisão foi tomada em audiência nesta terça-feira (20/11/07), promovida para marcar o Dia Mundial das Vítimas de Trânsito, fixado em 18 de novembro. Na reunião, foram apresentadas propostas de prevenção à vitimização no trânsito tanto por deputados quanto pela sociedade e órgãos governamentais.
Entre as sugestões, destacam-se: garantir a aprovação de emenda ao Orçamento de 2008 para elevar os investimentos em educação para o trânsito (que, no Orçamento deste ano da Secretaria de Transportes e Obras Públicas, estão fixados em R$ 10 mil); viabilizar um mutirão para que seja cumprida a regra de uso do cinto de segurança no banco traseiro dos veículos; incorporar conceitos de educação para o trânsito nos diferentes níveis de ensino; realizar reuniões itinerantes da comissão em trechos das rodovias federais e estaduais com índices elevados de acidentes; promover campanhas de conscientização em rádios e tevês públicas; além de um debate público na ALMG, em 2008.
A proposta de priorizar o assunto foi do deputado João Leite (PSDB) que, com o presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT), é autor do requerimento da reunião desta terça. Convidados e parlamentares destacaram que a educação para o trânsito é o caminho mais eficaz e barato para prevenir os acidentes, que têm alto custo nas áreas da saúde e da previdência, para não falar nas vidas perdidas e no sofrimento das famílias - "que não têm preço", como destacaram todos. Entre os requerimentos aprovados, estão os que solicitam visitas à Câmara de Legislação e Normas do Conselho Estadual de Educação; à secretária de Estado da Educação, Vanessa Guimarães, e ao secretário de Estado de Defesa Social, Maurício Campos Júnior, que preside o Conselho Estadual de Trânsito. Os objetivos são fazer a entrega oficial das notas taquigráficas da reunião e contribuir para incrementar o trabalho integrado, de governo e sociedade, em prol de um trânsito mais seguro.

Educação para o trânsito

A cada dia acordamos com novidades a respeito dos excessos cometidos em nossas estradas ou caminhos urbanos onde o perigo está presente, sobretudo no comportamento de jovens em geral bêbados ou drogados. Sem contar os pais irresponsáveis que entregam seus carros a menores de idade, sem receio das conseqüências, muitas vezes trágicas.
Os números são dramáticos. O Brasil assinala o registro de mais de 60 mil mortos no trânsito por ano, nada menos de 165 por dia. O último dado oficial é de 2004, quando morreram mais de 70 mil pessoas em conseqüência de acidentes, com mais de 35 mil vítimas fatais de colisões. Esses faleceram no local do acidente, outros a caminho dos hospitais. Ajuda bastante esse tipo de comportamento a sensação generalizada de impunidade, com a falta reconhecida de guardas e sinais confiáveis. As vítimas mais numerosas encontram-se na faixa etária dos 14 os 26 anos de idade. O Brasil, segundo dados da ONU, está em sexto lugar entre os países onde morre mais gente em acidentes de trânsito. É uma preocupação que extrapola nossas fronteiras.
A cada minuto e meio, um motorista comete uma infração de trânsito fora do Estado onde o seu carro foi licenciado. As multas, em número superior a 2,5 milhões, não educam, pois as causas são mais profundas e esse castigo não surte os efeitos necessários. Conviria pensar também, na análise do problema, no crônico mau estado das estradas federais ou estaduais, como se fosse uma praga da qual não podemos escapar. A operação tapa-buracos foi uma vergonha.
Há um esforço oficial para melhorar essa situação. Criado o Registro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf), chegou-se à conclusão de que temos 42 milhões de carros cadastrados.
A dificuldade maior, no entanto, opera-se na fragilidade da educação para o trânsito. Muitos dos nossos alunos do ensino médio, em virtude do fenômeno da distorção idade-série, têm mais de 18 anos e podem dirigir oficialmente. Aí entra a imaturidade, acompanhada do álcool e das drogas, para provocar acidentes fatais, como têm ocorrido na Lagoa Rodrigo de Freitas (Rio), cujas pistas, em dias de chuva, são naturalmente escorregadias. Andar a mais de 100 km/hora (ou até chegar a 155 km/hora) é atrair o desastre. O que fazer com esses jovens, liberados de forma absurda por seus pais ou responsáveis?
Nas escolas, como disciplina transversal, dá-se educação para o trânsito. Nem todas obedecem a essa recomendação legal, muito menos as secretarias de Educação. Todos afirmam que "é muito importante inocular, no espírito de crianças e jovens, sobretudo estes, o espírito de todas essas regras". É muito bonito do ponto-de-vista teórico, mas pouco se faz, inclusive no interior. Muitas vezes não é por falta de interesse dos professores. A ausência de material é uma constante - e atualizado - para servir de reforço ao aprendizado dessas noções essenciais. E que elas passem a ser obrigatórias nas grades curriculares.
Fonte: Jornal do Comércio (RJ) 19/1/2007

Disputa pelo espaço físico

"O trânsito é uma disputa pelo espaço físico, que reflete uma disputa pelo tempo e pelo acesso aos equipamentos urbanos - é uma negociação permanente do espaço, coletiva e conflituosa. E essa negociação, dadas as características de nossa sociedade, não se dá entre pessoas iguais: a disputa pelo espaço tem uma base ideológica e política; depende de como as pessoas se vêem na sociedade e de seu acesso real ao poder". (VASCONCELOS, Eduardo A. O que é trânsito. São Paulo: Brasiliense, 1991)

DEFININDO O TRÂNSITO (Rosa Costa)

Conhecendo sua definição, podemos perceber que o tema trânsito favorece uma abordagem multidisciplinar, sob a ótica legislativa e jurídica, da psicologia, engenharia, política, pedagogia... técnica e humana. É importante compreender o funcionamento do trânsito, e as suas facetas, para que possamos interagir cada vez melhor com este ambiente do nosso cotidiano, respeitando o sistema de normas e regras, bem como uns aos outros, fazendo do trânsito um exercício de convivência pacífica.

CTBEL - UMA MULTA A CADA CINCO MINUTOS

Uma prefeitura, com os maiores índices de analfabetismo, de violência e em geral de falta de estrutura de saúde, de educação do Brasil. Uma prefeitura que NÃO foi multada é a que incentiva a indústria das multas de trânsito - a maior fonte de arrecadação do Município
Veja a reportagem do Diário do Pará.
Pergunta que não quer calar, e que mexe com o bolso de milhares de belenenses: o número de multas aplicadas pela Companhia de Transporte do Município de Belém (CTBel) corresponde ao esforço rotineiro dos seus fiscais, ou beira o que muitos já classificam como uma “indústria de multas”? Em Belém, onde estima-se cerca de 280 mil veículos registrados, só nos doze meses de 2008 a CTBel aplicou 200 mil multas, quase uma (0,7) para cada veículo, o que resultou em arrecadação de R$ 18 milhões.
Para entender melhor a reclamação dos motoristas, o DIÁRIO lançou mão de um exercício matemático simples que revela curiosidades. A companhia soma hoje 190 fiscais, sendo 85 agentes de trânsito e 105 guardas municipais - que atuam nas ruas, inclusive multando. Se levarmos em consideração o universo aproximado de 200 mil infrações cometidas em Belém no ano passado, e lembrarmos que, segundo a CTBel, a média é de que 70% dessas infrações são registradas por “canetadas” de fiscais, agentes ou guardas – o restante é por radares -, os números ficam ainda mais interessantes.
Ao esmiuçar o universo de multas aplicadas pelos agentes em 2008 - cerca de 140 mil -, chegamos a aproximadamente 11.666 infrações registradas por mês. Nada menos que 388,8 registradas por dia, ou 16,2 a cada hora - média de 1,35 a cada cinco minutos ao longo de todo o ano de 2008. Deste modo, por mês, cada um dos 190 fiscais em ação do órgão foi responsável, então, por anotar cerca de 61,4 infrações (média de 2,4 por dia, se trabalhassem todos os 30 dias do mês, sem folgas) durante todo o ano. Leia mais na edição de 19/04/2009 do Diário do Pará.
CTBEL APLICOU UMA MULTA A CADA CINCO MINUTOS EM 2008
Companhia diz que volume é normal, apesar dos poucos agentes e da ausência sentido nos distritos.
UM ANO DE MULTAS EM BELÉM
Frota de Belém - 280 mil veículos
Fiscais da CTBEL - 190
70% são infrações aplicadas por fiscais
30% por radar
Multas aplicadas em 2008 - 200 mil
Valor arrecadado - R$ 18 milhões
Das 140 mil multas aplicadas por agentes em 2008 - 388,8 por dia; 12,2 a cada hora; 1,35 a cada 5 minutos.
Fonte: Jornal Diário do Pará, domingo, Belém-PA 19/04/2009, Caderno Belém A3

Comissão cobra atitudes do Judiciário e se integra ao trabalho do Conselho de Trânsito

Segundo o deputado Durval Ângelo, é necessária uma grande mobilização para colocar em prática as políticas existentes no setor. Entre elas, a determinação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) de oferta de educação para o trânsito em todos os níveis de ensino, por meio de ações coordenadas, inclusive nas escolas particulares. Ele também cobra atitudes do Judiciário. "Quem mata por causa de pegas, rachas e por estar alcoolizado não pode ser condenado a prestar serviços à comunidade. É preciso condenação por homicídio doloso, ou seja, quando se tem a intenção de matar", disse em entrevista à imprensa o presidente.
O deputado João Leite também destacou que a comissão pretende saber mais sobre o trabalho que está sendo feito no âmbito do Conselho Estadual de Trânsito de traçar um diagnóstico e formular um plano estadual de prevenção de acidentes de trânsito. Minas seria o primeiro Estado a ter o programa como política pública, a ser analisada pelo Legislativo. João Leite também chamou atenção para a situação das rodovias mineiras, que precisam de melhorias estruturais, e lembrou que as ações para prevenir os acidentes de trânsito são, sobretudo, medidas em favor da vida - objeto dos direitos humanos. O deputado Luiz Tadeu Leite (PMDB) ratificou a necessidade de investir nas estradas, que não foram adaptadas para receber o número crescente de veículos. Ele defendeu o combate ao uso do álcool ao volante, o endurecimento da legislação e a melhoria das condições das estradas.
Custo dos acidentes chega a R$ 24,6 bilhões anualmente
Tanto os deputados quanto os convidados apresentaram diversos números sobre os prejuízos causados pela violência no trânsito. O deputado Durval Ângelo revelou que, somente em 2007, houve 6 mil mortes nas estradas federais brasileiras. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam a morte de 400 mil jovens anualmente no mundo. A chefe do Núcleo de Educação para o Trânsito do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/MG), Rosely Fantoni, informou que 35.084 pessoas são mortas anualmente no local do acidente, sendo 81,5% do sexo masculino (dados de 2004). As vítimas fatais são, em sua maioria (52,1%), pessoas com idade entre 15 e 39 anos. Ela informou também o custo dos acidentes de trânsito nas rodovias brasileiras: R$ 24,6 bilhões anualmente, e nos aglomerados urbanos: R$ 3,6 bilhões. Esses últimos dados são do Ipea. "Imagino o quanto poderíamos investir em aquisição de equipamentos e em educação com esse dinheiro", lamentou ela.
Tanto Rosely Fantini quanto os médicos Bruno Belezia, do Hospital Municipal Odilon Behrens, e Roberto Marini, da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, reforçaram a necessidade de investir em educação para o trânsito. Para Belezia, o acidente de trânsito é um problema de cidadania, saúde pública e previdenciário. Na opinião do médico, o projeto pedagógico deve ter um foco específico para cada idade. Roberto Marini reforçou as palavras do colega, acrescentando a crítica à publicidade da indústria automobilística - que glamouriza a velocidade. Para Rosely Fantini, a educação deve estar aliada ao estabelecimento de punição severa e investimentos em equipamentos e fiscalização. A coordenadora do Núcleo de Humanização do Trânsito e Meio Ambiente da Newton Paiva, Rosana Antunes, apresentou a proposta de promover um mutirão, com os agentes de fiscalização, para fazer cumprir a regra de usar o cinto no banco traseiro.
Na fase de debates, outros convidados defenderam um trabalho integrado de governo, trabalhadores e sociedade para diminuir o número de vítimas no trânsito: o presidente do Sindicato dos Motociclistas, Rogério dos Santos Lara; o gerente de Educação para o Trânsito da BHTrans, Eduardo Lucas, que falou sobre a proposta de criação de um plano estadual de prevenção de acidentes; e o assessor de Trânsito da Diretoria de Meio Ambiente e Trânsito da Polícia Militar, capitão PM Aílton Cirilo da Silva.
O início da reunião foi acompanhado por alunos da Escola Municipal Padre Joaquim Souza Silva, do bairro Morada Nova, em Contagem, que participavam do Projeto Educação para Cidadania
Requerimentos - A comissão aprovou, ainda, requerimentos para realização de visitas da comissão à Câmara Municipal de Matias Barbosa, no dia 22, para participação no Seminário sobre Direitos Humanos e Consciência Negra; e a Ipatinga, no dia 23, para o 7º Encontro de Prevenção do Crime e Justiça Penal do Vale do Aço, promovido pela direção da Penitenciária de Ipaba.
Presenças - Deputados Durval Ângelo (PT), presidente; Luiz Tadeu Leite (PMDB), vice; João Leite (PSDB) e Weliton Prado (PT), além dos convidados citados.
Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - 31 - 2108 7715

Comando vai fiscalizar o xenônio

Desde o primeiro dia do ano, o uso do farol de gás xenônio, conhecido como 'Xenon' (cor branca forte), está autorizado somente nos veículos dotados de um sistema de regulagem da altura das lâmpadas, para compensar desníveis na pista ou peso no porta-malas. Esse equipamento impede que a luz suba e prejudique outros motoristas. A determinação é da portaria 294 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e visa evitar uma 'guerra de luzes' nas vias e acidentes. A multa pela infração é de R$ 127,00 e também haverá a retenção do veículo. São também obrigatórios, no caso dos veículos com faróis de Xenon, os limpadores de farol, para que a sujeira não mude a direção da luz. Essas tecnologias fazem parte, por exemplo, de veículos de luxo, não estando presentes nos kits de adaptação vendidos no Brasil. Portanto, quem instalou os faróis de xenônio depois de comprar o carro terá que retirar o kit. De acordo com o Contran, o desrespeito à norma é considerado infração grave. No Rio Grande do Sul, o Comando Rodoviário da Brigada Militar irá intensificar a fiscalização do uso desse equipamento. Até agora, o trabalho não foi priorizado devido à ênfase dada ao fluxo do trânsito nas rodovias, em decorrência do feriadão de Ano-Novo. O Comando alerta, no entanto, que somente podem circular com esse tipo de farol os veículos importados, com os faróis de série, dotados do limpador, além das outras exigências.
Fonte: Correio do Povo (RS)

CASO DE BICAS

Um caso emblemático de imprudência e impunidade trazido à comissão emocionou os participantes. Foi o relato de uma professora aposentada (o nome foi omitido), que perdeu a única filha, o genro, as duas netas e uma tia em um acidente de trânsito em 5 de abril de 1996, uma sexta-feira da Semana Santa. Representantes de três gerações da família foram mortos em um acidente provocado por um "pega" entre um médico (nome omitido) e um industrial (nome omitido) na estrada entre Bicas e Mar de Espanha. Eles foram condenados em 2003 por homicídio doloso, mas ainda aguardavam em liberdade o julgamento de recursos. Ela conta que a imprensa se interessou pelo caráter inusitado do caso - que não envolveu garotos drogados, conforme destacou, mas um médico e um industrial poderoso. A professora denunciou a demora de mais de um ano no julgamento de habeas corpus impetrado pelo médico no Supremo Tribunal Federal (STF) - último recurso para evitar a prisão. Segundo a professora aposentada, só recentemente foi marcada a data do julgamento: dia 4 de dezembro de.....(ano foi omitido)
Requerimento aprovado solicita o envio das notas taquigráficas da reunião aos 11 ministros do STF, além de um pedido de justiça para o caso de Bicas. Também será anexada à documentação carta remetida a diversas autoridades pela professora, com críticas ao "engavetamento" da análise do habeas corpus.
"A tragédia despertou uma guerreira, uma profetisa da luta por justiça", destacou o deputado um deputado (nome omitido) ao se referir a professora. Emocionada, ela informou que o médico e o industrial já teriam usado os serviços de 137 advogados no intuito de não irem para a prisão. "Vocês não têm idéia do que o poder do dinheiro é capaz de fazer. Nossa pátria não nos protege como cidadãos; esta é nossa maior orfandade", lamentou ela, que também perdeu dois filhos e um neto, todos eles hemofílicos, vítimas de Aids, antes do acidente envolvendo a única filha.

AUTOESCOLAS

O CTB determina que a educação no trânsito não deve se restringir às crianças e ao ensino fundamental, médio e superior. A formação de adultos também é essencial para a melhoria do tráfego, principalmente para obter a carteira de habilitação.
Desde outubro, o Detran é o responsável pela fiscalização das Controladorias Regionais de Trânsito (CRTs), que credenciam diretores e instrutores dos Centros de Formação de Condutores (CFCs). Antes, o Contran fazia isso.
De acordo com o diretor da Divisão de Educação de Trânsito do Detran, capitão Sergio Moyses de Assis, o órgão fiscalizará as CRTs de duas a três vezes por mês. “As acusações incluíam desde má formação de instrutores até fraudes na liberação de credenciais; muitas vezes, os cursos não chegavam a ser realizados.”
A deficiência na qualificação dos instrutores e formadores também decorre da má aplicação do conteúdo ensinado pelas CRTs, segundo o coordenador da Câmara Temática de Educação no Trânsito do Contran.
A capacitação dos profissionais do Sistema Nacional de Trânsito depende da liberação de verba do Funset. Em 2005, no entanto, foram destinados para esse fim R$ 966.574,00, ou 23,59% dos R$ 4.095.935,00 previstos no orçamento.
O Funset recebe 5% do valor das multas aplicadas no País, dinheiro que deveria ser empregado em programas educativos e de prevenção de acidentes. Mas, segundo o pesquisador de educação de trânsito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Eloir de Oliveira Faria, o recurso fica bloqueado por causa da política econômica do governo federal. “O Ministério da Fazenda prefere contingenciar os recursos para fazer superávit primário.”
O contingenciamento impediu a liberação de R$ 13 milhões em 2006, segundo o Ministério das Cidades. “Se houvesse uma política educacional desde 1998, já teríamos uma massa de jovens com essa formação”, diz o pesquisador. Ele estima que, por ano, os custos por acidentes no trânsito para o País sejam de R$ 5 bilhões.
Como presidente do Conselho das Cidades, Márcio Fortes de Almeida, atual ministro das Cidades, solicitou o “descontingenciamento imediato” dos recursos do Funset aos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, em outubro.
Enquanto a quantia não for liberada, a educação no trânsito ficará, de acordo com Faria, sem o dinheiro que poderia ser usado para salvar vidas.
Fonte: Estado de SP: http://txt.estado.com.br/editorias/2006/12/09/ger-1.93.7.20061209.27.1.xml

As leis no trânsito existem. O problema é saber respeitá-las. (Alexandre Garcia)

O que é notícia em Fortaleza não é em Brasília, onde agora se criou um sinal para o pedestre mostrar a intenção de atravessar.
As leis no trânsito existem. O problema é saber respeitá-las. Entre os princípios do Código de Trânsito, está a regra de que todos os veículos, motorizados e não-motorizados, são responsáveis pela segurança do pedestre.
Isso obedece a uma lei mais forte, uma lei natural, em que os mais fortes são responsáveis pelos mais fracos. O motorista, protegido por uma blindagem de aço, é responsável pela segurança do pedestre, protegido apenas pela roupa do corpo.
Esses princípios foram postos em prática em Brasília muitos anos antes do novo Código de Trânsito, que tem dez anos. O que é notícia em Fortaleza não é em Brasília, onde agora se criou um sinal para o pedestre mostrar a intenção de atravessar – porque, do contrário, ao se aproximar da faixa, o pedestre já parava o trânsito, mesmo sem querer fazer a travessia.
E pensar que, no Rio de Janeiro, é preciso olhar para ver se vem carro, mesmo tendo o sinal aberto para o pedestre. Mas se foi possível em Brasília, que é mistura do Brasil inteiro, por que não nas outras cidades? Como quer o motorista ser tratado quando estiver como pedestre, usando a faixa?
Fonte: Bom Dia Brasil: http://bomdiabrasil.globo.com/Jornalismo/BDBR/0,,AA1644812-3682-737661,00.html

APOIO FUNDAMENTAL

Encosto de cabeça pode evitar lesões em caso de acidente. O item, no entanto, não existe no assento central do banco traseiro da maioria dos carros
No passado, o encosto de cabeça nos veículos poderia ser considerado um luxo. Somente os automóveis mais caros tinham o equipamento, geralmente acoplado a bancos de couro. Os carros mais simples não traziam encosto no banco da frente e muito menos no de trás. E as pessoas viajam com a cabeça livre, apenas sustentada pelo pescoço. Não é difícil acham nas ruas carros sem nenhum encosto de cabeça.
Essa realidade mudou nos últimos anos. O apoio de cabeça virou item de série nos veículos brasileiros. A Resolução 44/1998 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) tornou obrigatória a instalação do encosto nos bancos dianteiros perto das portas e nos laterais traseiros, sendo facultativo nos assentos centrais. Por esse motivo, apenas os carros mais caros oferecem o terceiro apoio no banco traseiro como item de série. No resto dos modelos, pobre de quem se senta no meio.
A função do encosto não é simplesmente enfeitar o carro ou torná-lo mais confortável para os ocupantes. É evitar lesões e até salvar vidas em caso de acidentes, de maneira complementar ao cinto de segurança. O encosto previne lesões que o cinto não pode evitar na região da cabeça, como as causadas pelo efeito chicote, comum nas colisões traseiras. Trata-se do movimento brusco da cabeça para frente e para trás, com reflexos no pescoço. Essa movimentação pode resultar em fraturas na coluna cervical ou em lesão medular, caso não haja o apoio.
Pesquisa da marca sueca Volvo demonstrou que o sistema de proteção lançado pela empresa em 1998 reduz pela metade os efeitos das lesões por efeito chicote. Desde 2000, o dispositivo de segurança é item de série em todos os modelos da marca. Neste caso, o sistema de proteção suporta as costas e a cabeça se movimenta junto com o tronco. A posição alta do encosto é um dos fatores para a prevenção deste tipo de acidente.
De forma geral, nos consultórios também têm diminuído os casos de lesões cranianas depois da adoção do encosto. “Reduziu bastante o número de pacientes com pequenas lesões decorrentes de uma batida na traseira. Sem o encosto, a situação seria pior”, afirma o presidente da Comissão de Políticas Públicas da Sociedade Brasileiras de Ortopedia e Traumatologia (Sbot), Paulo Lobo.
“Tudo que é feito para evitar traumatismo é válido e a Sbot apoia todas as campanhas nesse sentido. Como ortopedista, eu digo que seria providencial se todos os carros tivessem o encosto também no banco do meio”, completa Lobo.
O analista do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi Brasil) André Luís Horta está de acordo com Paulo Lobo. “É preferível ter o terceiro encosto e evitar o efeito chicote para todos os passageiros”, diz. Ele sugere, no entanto, que esse encosto possa ser retirado quando não estiver sendo utilizado, para melhorar a visibilidade do motorista.
Cuidados com o encosto de cabeça
> Certifique-se de que o apoio pode ser ajustado e travado de acordo com a altura da cabeça do passageiro. Caso contrário, em um acidente, ele pode se mover e deixar de evitar o efeito chicote.
> Observe também hábitos de passageiros que, ao sentar-se, apoiam as mãos no encosto, baixando-o.

ANDANDO NA LINHA

A Resolução 294/2008 determina que, para usar farol de xênon, os carros devem contar com um sistema de regulagem da altura da luz e também com limpadores de farol. Se o seu não veio de fábrica com esses equipamentos, veja o que fazer:
> Peça autorização do Detran para fazer a modificação
> De posse da autorização, vá a uma oficina, lembrando-se sempre de entrar em contato com o fabricante para saber as especificações do veículo
> Leve o carro modificado para uma inspeção em uma instituição técnica licenciada. Se as modificações foram aprovadas, você receberá
um certificado de segurança veicular
> Entregue o certificado no Detran, que incluirá as novas informações no documento do veículo.
Um alerta a mais
Se o carro da frente tiver a terceira luz de freio, o motorista que vem atrás tem uma reação mais rápida e pode frear em menos tempo
Desde janeiro deste ano, todos os veículos produzidos no Brasil saem de fábrica equipados com a terceira luz do freio. Trata-se daquela luzinha vermelha disposta na parte superior central do vidro traseiro, conhecida como brake-light. A medida está prevista na Resolução 227/2007 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). A obrigação, no entanto, só vale para o fabricante. Os proprietários de carros comprados anteriormente à norma não precisam se preocupar. O Detran não vai multar nenhum motorista por não dispor dessa terceira luz no veículo. O mesmo vale para os carros fabricados antes da vigência da resolução e que ainda não foram vendidos.
Ainda assim, quem se interessar pelo item deve saber que muitas vezes sua instalação é mais simples do que se imagina. Isso porque a luz, antes da resolução do Contran, era opcional para diversos modelos de diferentes montadoras. Significa dizer que instalá-la, em muitos casos, pode ser apenas uma questão de adaptação.
Mas qual a importância do equipamento? A principal vantagem da terceira luz de freio está no fato de que ela permite ao motorista saber antecipadamente que os veículos à frente estão freando, de forma a evitar um eventual engavetamento. “Quando os carros estão em fila, essa luz orienta um terceiro veículo de que o primeiro está parando. Dessa forma, o carro do meio não impede a visibilidade do terceiro”, explica o analista do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi Brasil) André Luís Horta. Em um ônibus, por sua altura, ressalta ainda Horta, os benefícios também são significativos.
Resumidamente, pode-se dizer que a terceira luz é mais uma forma de alerta para o motorista que nem sempre presta atenção no carro da frente, muito menos na luz do freio. Até que, de repente acende-se uma luz superior central, bem à frente. A reação do condutor será mais rápida e ele freará em menos tempo. Sem contar que as tradicionais luzes de freio, localizadas abaixo, podem ser ofuscadas por fatores climáticos, como a neblina.
André Luiz Horta lembra, no entanto, que o motorista deve tomar cuidados para não prejudicar a eficácia da terceira luz. O principal deles é não colocar nos vidros do veículo películas demasiadamente escuras que possam impedir a visibilidade da luz vermelha. E, claro, checar sempre se o equipamento está funcionando corretamente ou se precisa de reparos elétricos.

ALCOOL E TRÂNSITO, FÓRMALA LETAL

No Brasil, todos os anos, entre 40 a 50 mil pessoas perdem a vida em razão dos acidentes de trânsito. Como atestam estatísticas oficiais, cerca de 90% desses acidentes dão-se por negligencia ou imperícia dos motoristas, que abusam da velocidade, das ultrapassagens forçadas, da conduta irresponsável como se o bom motorista fosse aquele capaz de acelerar ao máximo seu veiculo, e não o que, cônscio da importância de se respeitar a legislação específica, trafega de modo a garantir a segurança de si e dos demais. Por óbvio, as gerações só não incorrerão em os mesmos procedimentos equivocadas de muitos dos adultos de hoje se o país preocupar-se em transmitir-lhes, desde a infância, uma educação para o trânsito. Mas isso demanda anos de trabalho tenaz. Em outra frente de atuação devem os poderes públicos engendrar meios de tornar, agora, as rodovias e ruas deste país menos inseguras e brutais, e para tanto nada melhor que a intensificação das ações de patrulhamento e a aplicação rigorosa da lei, com as conseqüentes punições aos transgressores, em especial aos recalcitrantes, que não são poucos.
No que concerne ao perfil do infrator contumaz, nada pode caracterizá-lo melhor que o consumo abusivo de álcool. São nos finais de semana á noite, quando muitos se entregam desregradamente ao lazer, que os acidentes se dão com maior freqüência e brutalidade, e não se trata de mera coincidência o fato de, exatamente nesse período da semana, ser o álcool mais largamente utilizado especialmente pelos jovens, que são, justamente, as maiores vítimas da insânia do trânsito. Assim, a ninguém deve escapar a necessidade de se atacar o problema em sua raiz - é preciso inibir a ingestão exagerada de bebidas pelos motoristas. Números constantes do Anuário Estatístico do DETRAN/SC dão conta de que, entre 1999 e o ano passado (1998), 9.861 pessoas foram flagradas dirigindo em estado de embriaguês no Estado. Desses, 6,5 mil tiveram suas carteiras de habilitação suspensas por períodos que variam de 30 dias a um ano. Mais de 1,6 mil tiveram seus processos arquivados após apresentarem defesa consistente. Antes de tudo, convém lembrar que, devido á crônica insuficiência de recursos, as policias não dispõem de pessoal e equipamentos suficientes para a promoção de uma fiscalização eficaz.
Os números do DETRAN, se já são significativos, ganham ainda maior relevância por exibirem tão-somente a ponto do iceberg de um problema de enorme gravidade. Caso a fiscalização seja intensificada, como se espera, certamente nos depararemos com estatísticas ainda mais preocupantes no que se relaciona á letal combinação de álcool e condução de veículos. Como o trânsito hoje concorre diretamente com a violência pelo posto de maior causa de mortalidade no país e no mundo, faz-se indispensável que os governos, em todas as esferas, concedam á questão o tratamento que faz por merecer. E isso significa recursos financeiros e materiais para a fiscalização eficiente e punição aos transgressores.
Dica: A avaliação tem objetivo qualificar os futuros condutores para que possam se comportar como cidadãos no trânsito. A Resolução 168 do CONTRAN estabelece normas de comportamentos e de aprendizagem para a realização dos exames.
Fonte: DETRAN/SC

A ARTE DE SER CRIANÇA (Edna Souza - Professora)

Enquanto esperava a chuva passar, a velha senhora trazia à lembrança as gostosas brincadeiras que embalaram sua infância tão feliz. Jamais se esqueceu das bruxinhas de pano que tanto a encantavam e com as quais estabelecia uma doce relação de afeto, prenunciando o instinto materno que anos depois se instalaria no seu coração, enchendo sua alma de alegria. Nos momentos em que estava com elas, fazia-lhes comidinha nas panelas de barro, usando como pratos os cacos de porcelanas azul e branca que desenterrava do quintal. Depois de alimentadas, colocava-as para dormir nas caminhas improvisadas com as sucatas que lhe pareciam nobres pela presença de algum detalhe diferente, que podia ser até mesmo um brilho vagabundinho. Enquanto lhes velava o sono, pegava um talo de mamoeiro, colocava-o numa latinha com água e sabão e depois soprava para fazer bolinhas furta-cores que rumavam para o paraíso.
Quando ganhava a rua, reunia-se com as amiguinhas para aproveitar o tempo de ser criança em todas as dimensões. Naquelas ocasiões, os folguedos multiplicavam-se: pulavam corda; jogavam macaca; brincavam de roda e participavam de inocentes joguinhos do tipo “caí no poço” , “berlinda”, “anjo bom e anjo mal”, “passa anel”, “bole-bole”, “escravo de Jó”. Esgotado o repertorio, chegava a vez de dar uma espiada nas travessuras dos garotos, todas variando conforme o gosto do freguês. Havia muitas opções: partida de futebol com bola de meia, borracha ou seringa, pois bola de couro, só se fosse em sonho; ferrito, jogado com um ferrinho que fazia um caminho geométrico; bolinha de gude; gira-roda; roda-pião; caminhada em pernas-de-pau ou nos pés-de-ferro com duas latas de leite cheias de areia; corrida de carros de latas e os vários tipos de pira que admitiam a presença feminina quando os meninos estavam de bom humor.
Em tempos de chuva, ela largava tudo para ir ao quintal da vizinha saborear as suculentas mangas que dançavam apo sabor do vento, prontas para cair nas suas mãozinhas ágeis que as escolhiam cuidadosamente. Realizada a seleção, era só levá-las até a boca e devorá-las até que os caroços murchassem completamente. Além do lanche gratuito, aproveitava o banho vindo do céu que limpava seu corpo, alegrava seu coração e renovava suas energias para realizar novas atividades, inclusive estudar.
Às vezes, debaixo daquela mangueira, deixava-se guiar pela imaginação e ficava sentada traçando planos para o futuro. Então, pegava as manguinhas-bebês e transformava-as nos boizinhos que povoavam sua verdejante fazenda. Que doce saudade sentia, daquelas tardes fresquinhas que tanto bem lhe faziam!
Mergulhada em suas lembranças, nem percebeu que a chuva já tinha ido embora. Por isso, tomou um leve susto quando a netinha querida tocou-lhe carinhosamente o braço para convidá-la a ir para casa, pois há muito já tinham lanchado. Voltou ao presente e fez uma rápida análise sobre a evolução do tempo: infelizmente, as crianças modernas não brincam mais com liberdade, até porque não existem mais ruas, a violência não permite, os brinquedos artesanais tomaram chá de sumiço e a simplicidade cedeu lugar ao mundo cibernético. Por tal razão, a garotada prefere ficar à frente das máquinas que falam, que jogam, que iludem e que até ensinam, mas que nunca transmitirão o toque de vida arrematado de charme, emoção e criatividade para dar e vender.